
Será possível que a Imaginação nos conduza à verdade de nossa vida? Sim, é possível! O problema é permitirmos que o nosso passado, que se alonga cada vez mais, nos persuada desta forma: “Você já sabe tudo, já viu tudo, seja realista. O futuro não será senão a repetição do passado. Procure sobreviver o melhor possível”. E há também muitas vozes astutas a sussurrar-nos aos ouvidos: “Não há nada de novo debaixo do Sol... não se deixe enganar”.
Quando damos ouvidos a estas vozes, acabamos por lhes dar razão: o nosso novo ano, o nosso novo dia, a nossa nova hora, tornam-se vulgares, aborrecidos, vazios, sem nada de novo.
Então o que devemos fazer? Antes de mais nada, devemos pôr de lado essas vozes tentadoras. Depois, temos que abrir a mente e o coração à voz que ressoa nos vales e nos montes de nossa vida: “Esta é a tenda de Deus com os homens. Ele vai morar com eles. Eles serão o seu povo e Ele, o Deus-com-eles, será o seu Deus. Ele vai enxugar toda a lágrima dos olhos deles, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram!”(cf. Apocalipse 21.2-5).
Temos que optar por dar ouvidos a esta voz; e então cada escolha nos abrirá um pouco mais no sentido da descoberta da nova vida escondida em cada momento na espera ansiosa de nascer.
Henry Nouwen
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